Editais da AGU E PFN publicados: como estudar?
Por: Faustino - espaço jurídico
Olá pessoal,
Como já era esperado por todos nós, saíram os editais da PFN e AGU.
Devido ao grande número de e-mails que recebi nos últimos dias solicitando uma ajuda, um direcionamento, resolvi fazer esse post, em edição extraordinária, só com dicas para preparação para as provas objetivas.
Como vocês já sabem, me chamo Faustino, sou colaborador pedagógico do curso AGU-PFN do Espaço Jurídico. Tendo em vista que estou em contato direto com os professores, elaborando e discutindo o que deve ser abordado em sala de aula, além de que tenho alguma experiência em concursos públicos, cumpre-me passar algumas dicas e orientações de estudos para vocês.
As dicas servem para as duas bancas:
O candidato precisa estar intimamente relacionado com a lei seca. Não pensem que lei seca é para prova de tribunal. O CESPE, nas provas de civil, constitucional, administrativo e em grande parte da prova de constitucional, por exemplo, tem cobrado o conhecimento da lei. Eles trocam palavras, acrescem outras que não constam no dispositivo. Como notar essas mínimas diferenças? Só com muita intimidade com a lei.
A ESAF, seja em tributário, processo civil, civil ou administrativo, de uma forma mais inteligente também cobra muito o conteúdo da lei. Diferentemente do CESPE, que coloca o texto da lei com algumas alterações, a ESAF cobra a lei interpretada ou uma assertiva que decorre da interpretação sistemática de dois dispositivos legais.
O que eu normalmente indico é a leitura da lei seca com realização de anotações pontuais, num caderno ou no próprio computador. Tudo que você acha que é “decoreba” e que provavelmente vai esquecer, anote. A revisão dos últimos 15 dias é essencial e esse material vai ser de muita utilidade. Acredite!
Igualmente importante é a resolução de questões. Costumo dizer que é preciso uma overdose de questões. Isto porque, ao resolve-las, nós, além de nos acostumarmos com a linguagem e a forma de abordagem da banca, testamos nosso conteúdo e aprendemos muito. A gente acaba que se acostuma com a maneira de cobrar, com as pegadinhas mais usuais e com o tipo de questões, fora que os quesitos várias vezes se repetem. Então, ouso dizer a vocês que 50% do estudo de sucesso passam pela resolução exaustiva de questões.
-Por fim, como todos nós sabemos, é preciso conhecer a jurisprudência dos tribunais superiores naquelas disciplinas que caem na prova. Eu sei que é chato ler aquela imensa quantidade de informativos.
-Para facilitar a vida de vocês, separei os informativos do STF e STJ de 2011 por disciplina, grifando-os. Para quem estiver interessado, não deixe de observar o post.
-Vocês precisam observar também as Súmulas e Orientações Normativas da AGU separadas por disciplina e tema e Súmulas e OJs do TST selecionadas – Fazenda Pública.
-Também postei as súmulas do STF e STJ separadas por disciplina e tema, vale a pena conferir.
Entretanto, é preciso ser perspicaz na escolha do que deve ser lido nos informativos. O CESPE costuma cobrar muita jurisprudência do STJ nas seguintes disciplinas: tributário, penal, processo civil. Também costumam cobrar a jurisprudência do STF em constitucional, penal e tributário.
Dessa forma, não precisa sair lendo todos os arquivos que estão disponibilizados lá no blog. Basta ler as disciplinas necessárias, conforme a necessidade. E como você vai saber o que é necessário? Fazendo questões.
Atenção: não precisa sair lendo todo o arquivo de penal e de tributário. Você não vai ler as jurisprudências de tribunal do júri, nem as de latrocínio. Tampouco vai dar a maior atenção à tributação do ISS ou ITBI. Por mais que esses tributos sejam cobrados nas provas, a probabilidade de se abordar a jurisprudência deles é muito pequena.
Quer uma sugestão? Vou dar um exemplo de como você pode se organizar.
Você quer estudar constitucional?
Passo 1 – Selecione umas 40 questões de
constitucional (as mais recentes).
Passo 2 – Começe a resolve-las fazendo
apontamentos. Por exemplo: sempre cai uma de poder constituinte, duas de
controle, direitos fundamentais; quando cai controle normalmente eles abordam
uma jurisprudência do STF ou a lei seca; cobraram a classificação das
constituições.
Enfim, você vai anotando alguns apontamentos que
vão orientar teus estudos.
Passo 3 – Com essas anotações em mãos, você vai
começar a estudar constitucional, seguindo o que você conseguiu observar na
resolução das questões.
Passo 4 – estudar por materiais extremamente
objetivos: leis, resumos.
A última dica é a mais difícil de ser aceita, mas é uma das mais
importantes.Não adianta querer se preparar para prova objetiva com material de subjetiva. Explico: não dá para se preparar pelos inúmeros livros de doutrinas extensos.
Do levantamento que fizemos, no máximo 20% das questões abordam doutrina. Os mais de 80% restantes são lei e jurisprudência.
Mas calma, não é para jogar o livro fora, nem abandona-los por completo.
Há matérias que DEVEM ser estudadas por doutrina: como estudar atos administrativos ou teoria geral da constituição senão pela doutrina?
Para esses assuntos, em que não há lei disciplinadora, deve-se utilizar uma doutrina objetiva e sucinta.
A grande maioria dos candidatos não consegue passar da prova objetiva porque não objetivam seus estudos. Objetividade, nessa fase, é tudo! Não trate como discursiva uma prova que é objetiva.
Por fim, quero informa-los que o nosso curso está sendo reprogramado para que fique perfeitamente adequado aos editais. Gravamos algo em torno de 40 aulas e as mais de 50 aulas restantes serão gravadas já de acordo com as exigências dos editais publicados hoje. Nos últimos dias seguramos as gravações exatamente para esperar a publicação dos editais.
Quem se interessar, segue o link.
É isso pessoal! Tentei passar o máximo que posso.
Força e fé. Contem comigo.
É guerra! Aos estudos!
Fonte: http://www.espacojuridico.com/pfn-agu/?p=321